quinta-feira, 22 de julho de 2010

Texto meu publicado no Blog do Guerra ao retornar do Mundial Antalya-2010

Neste domingo passado, dia 27/06/2010, o Brasil se tornou o único bicampeão mundial de beach-handball! Num novo estilo de competição, bem mais exigente, onde a equipe não pode abrir mão de nenhum jogo, a equipe brasileira foi cirúrgica e incisiva em sua escalada ao topo do mundo, mais uma vez.

Perdendo apenas um jogo (Rússia 2x1) e nem mais um set sequer, mostrou ao mundo do handebol, quem manda nesta modalidade, com jogadores espetaculares, e um grupo que se completa de tal forma que definitivamente ficaria muito difícil de alguma outra seleção "roubar" este titulo dos canarinhos!

Após um trabalho árduo de treinamentos na cidade de Mongaguá, debaixo de chuva, sol, vento, frio e calor, esses atletas de ouro não poderiam sair da Turquia com outro resultado. Grupo unido, uniforme, encaixados da forma que seu mentor imaginava, doutrinados, obedientes taticamente e com poderio técnico afiado. Foram passando por cada adversário com maestria, muita alegria e união. Vivenciar este grupo, pra mim, foi algo extraordinário, cada um com sua particularidade, dando sua real contribuição para a conquista do título nas praias turcas de Antalya.

Bruno, mais uma vez melhor do Mundo, dispensa qualquer tipo de comentário, mas guiou o time no ataque, com seus passes milimetricamente calculados e entradas rápidas nas defesas gigantes adversárias. Jefte, o canhoto, de jogo simples, porém eficiente, um petardo na mão esquerda, superação seria seu sobrenome. Balda, sem duplo sentido, o leão brasileiro, guerreiro, eficiente, dedicado, experiente. O mais cirúrgico de todos. Cyrillo, sem sombra de duvidas, mostrou para o mundo como se marcar, numa modalidade voltada pro ataque, comandar uma defesa que toma apenas sete gols num set de uma final, já fala por si só! Gulliver, o marreta, surpreendeu a todos, defendendo como um paredão, e quando solicitado no ataque levou toda sua força em saltos incríveis e finalizações variadas. Jarison esteve pronto, como sempre, para os momentos mais difíceis, se impôs e mostrou que está mais que está pronto pra ser o dono da lateral esquerda. Pezão, muito solicitado defensivamente, treinado, soube o que fazer na hora exata, no ataque com giros rápidos mostrou maturidade e abraçou definitivamente a oportunidade. O que falar dos nossos goleiros? Coxinha, simplesmente sensacional, com defesas impares e importantíssimas. Elevou o humor da seleção com seu jeito alegre e divertido. E o Júnior? O único calouro da seleção. Imaturo? Sem experiência? Nada disso! Chegando às areias turcas, mostrou do que é capaz: fez da falta de experiência sua arma, e tapou o gol brasileiro com muita garra, emoção e disposição. Levou a medalha de ouro pro seu filho, Jadson Neto, recém nascido. Nosso goleiro abriu mão de estar presente no parto do seu primogênito, para ir à busca de um sonho, e levou na bagagem uma motivação que nenhum de nós imaginava! Guerra, nosso cérebro, conhece esse jogo como nenhuma pessoa no mundo, conhece seus atletas na palma da mão, sabe como cada um reage, o que cada um de nós precisava ouvir em determinados momentos, nos dando a liberdade de contestar, mas impondo o respeito necessário. Mais que um técnico, mais que um pastor, mais que um amigo. Marcinho, apesar de ter vindo com idéias fixas de como seria seu trabalho, foi aprendendo com o grupo a ser exatamente o que precisava ser se moldando e sendo maleável em suas decisões e por fim, se tornou um de nós, contribuindo com sua parcela para a obtenção desse titulo. Dra. Juliana Cubo, nossa Jujú, com suas mãos fortes, e sua dedicação integral, nos deixou aptos para fazermos o que deveríamos. Mágica? Não! Competência é o nome disso! Stanley, sempre presente, em busca do que for melhor pra seleção, trata todos como filhos, e sente prazer em fazer o que for preciso para que só tenhamos o trabalho de entrar em quadra e fazer o que fizemos.
Sem esquecer-me dos que dessa vez não puderam estar lá, mas que têm sua importância para o grupo!

Se eu tivesse que escolher uma palavra para definir este grupo, escolheria ORGULHO, pois este é o sentimento que fica em meu coração ao lembrar-me de todos os que fizeram parte desta história. Só quero dizer uma coisa a cada um deles: OBRIGADO!

Nenhum comentário: